quinta-feira, 25 de junho de 2009

A mulher do cara.


Ela acorda às seis da manhã, toma o seu banho, o seu café, veste o seu terninho e sai para o trabalho. No elevador de seu prédio, é olhada com um olhar obsceno, de um novo inquilino. Ela não gosta e mostra o seu descontento com seu semblante fechado. Ela entra no carro, já sabendo que dia teria pela frente, faz a sua oração e sai. O transito está tranqüilo, ela acende um cigarro, liga o radio e fuma tranquilamente. Ela chega ao trabalho, com a certeza de que será um dia difícil. (Ela sabe que terá que ser duas, pois o trabalho de ontem, ela nem tinha começado.) Os clientes chegando, ela tentando fazer duas, quatro coisas ao mesmo tempo, tendo a certeza de não iria conseguir, mas vai empurrando com a barriga. Os clientes do dia estão frustrados, pois ela está usando os horários marcados dos de hoje, para atender os de ontem. Um deles inconformado resmunga baixinho: cadela safada, não trabalhou ontem, e eu que tenho que pagar por isso. Filha da Puta. Ela escuta o comentário, e não diz nada, pois está errada. As horas se passam à coisa vão entrando nos devidos lugares, e ela recebe um telefonema. (Ela sabia quem era, e ficou muito feliz mas não atende.) Ela não atende pois tem a certeza de logo a noite, aquele que havia ligado, teria uma surpresa, da qual ele jamais esquecerá. As horas passam não da forma que ela quer, mas passa. Encerra-se assim seu dia longo e difícil de trabalho, mas para ela, o melhor do dia estaria por vir. Ela nem vai em casa, passa numa loja, compra uma lingerie, muito ousada(do tipo daquelas que nenhuma puritana ousaria a usar.) Ela então já toda depilada, vai sem avisar ao apartamento de seu parceiro, (aquele que lhe fizera a ligação) bate na porta toda sorridente e feliz por ter tomado tal iniciativa de ir até lá, pois nunca tinha ido sem que ele a levasse. Ele a recebe com um beijo ardente, como sabor de espuma de barbear, pois estava fazendo a barba. Ela então toma a liberdade de tomar um martine, bebida que ela aprecia muito, toma um, dois, enquanto o espera. (A intenção dela, era sair do ar, pois não tinha o hábito de beber.Ficou bebaça.) Ele sai do banho, e não acredita o quanto ela estava disposta e bêbada.(Naquele momento ele sabia que poderia fazer o que quisesse com ela, pois ela estava disposta a tudo.Mas ele preferiu ama-la, como um amante ama uma rainha.). Então se amaram por horas, horas e horas ininterruptas,seus corpos pareciam um só, devido a intensidade do ato. Depois de tudo, aquela soneca merecida, pois tamanha intensidade deixou os dois na lona. O rapaz acorda antes, lhe prepara um café, como nunca havia preparado antes. (Ele nunca tinha tomado um café tão leve). Aquele café da manhã, não era nada sofisticado, era simples e delicado. Como o rapaz morava sozinho, se mantinha com pão com manteiga e seu café solúvel. Mas para aquela mulher que lhe entregara daquele jeito, tinha que ser diferente. Ele então desceu e foi a quitanda comprar as melhores frutas que poderia encontrar. ( É claro uma mulher como aquela, não merece nada além do melhor.) Comprou laranjas para o suco, melões, mamão, morangos, enfim quase a quitanda toda, tudo adoçado com mel e uma linda ikebana, para deixar a mesa mais pura.(Ele fez tudo isso sem que ele acordasse.) Então ditou-se novamente ao seu lado e começou a tocar-lhe os cabelos e a beija-la, foi quando ela acordou. Acordou toda plena da sua energia, mais bela do que nunca. (Aquela noite para ela, foi um trato que precisava para libertar aquele mulherão, que estava aprisionada dentro dela...) Então ela ali mesmo, sem escovar os dentes, sem tomar banho, ainda com o cheiro do sexo de ontem (aquele cheiro para ele, era o melhor afrodisíaco que se podia conseguir,) o envolve com suas pernas, braços, unhas dentes e entranhas e o toma violentamente, como aquela transa fosse a primeira de toda sua vida. Aquela manhã de sábado, tinha sido tomada pelo sexo, pela entrega, pela vontade de possuir e ser possuída como jamais uma mulher comum teria sido. Ele então vai para o chuveiro, onde eu não de onde ainda tinha disposição para mais uma super dose de amor. (Amor...? Amor nada, aquilo foi putaria luxuriosa pura, ali teve de tudo, menos amor.) Depois disso, foram tomar o café da manhã, na hora do almoço. Ela é amante das artes ele não muito, (mas para ele qualquer paixão o diverte), então ela sugere a ele, que fossem assistir à exposição de quadros dos artistas locais, (ele sem conhecer muito, adora a idéia e topa na hora) no espaço recém construído para os artistas. ( Era um local não só acontecia exposições, de quadros e esculturas, mas também, tinha espaço para os poetas recitarem suas poesias..) No trajeto eles encontram com uma super amiga dela, que fica deslumbrada com a beleza do rapaz, e com a ótima saúde, que ambos transpareciam. (Também com uma noite e uma manhã de sexo, até eu fico saudável.) Ele sente vontade de tomar um algo para relaxar, e como muito educado, convida a amiga dela. Ele encontra um ótimo bar e entram. Aproveitando a oportunidade ela decide ir ao banheiro e chama a amiga. (Ele sabe que a ida ao banheiro, foi para ela contar a amiga, como foi às horas que passou com ele, mas nem se importa.) Dentro do banheiro as duas conversam: Menina que homem é aquele? Onde você o encontrou? E mete muito. Encontrei um cara que realmente, conhece uma mulher. Cara, ela estava incansável para mim, toda hora que queria, ele estava disposto e duro, muito duro. Olha que piruzão. Sério meu, ele é o cara, com aquela baita ferramenta, trabalha muito bem. Falando assim, até eu fiquei com vontade. Não vem que não tem. Pois esse é meu. Calma só estou brincando. E estou muito feliz por você estar feliz, mas toma cuidado. Não o deixe magoa-la. Claro, muito obrigada. Mas vamos voltar ele deve estar preocupado. As duas então voltam para a mesa que estava longe do banheiro, e ao avistar a mesa, notam que o "super-homem", não estava mais sozinho. Com ele esta um amigo que há muito não via. Elas chegam até a mesa. Esse é meu amigo que acaba do chegar do Japão. Olá como vai, tudo bem. Eu estava comentando com ele, que vamos ver a exposição, então como estamos em quatro, achei uma boa idéia. Então? O que as duas acham? Acredito que sábado às duas da tarde, nesse dia fresco, nos aqui no bar, nos preparando para uma exposição... nós quatro... E digo mais, se der tudo certo, a gente pode esticar, e ai? Vamos?...